Faturamento da indústria brasileira recupera crescimento no ano e indústria de SC é destaque no mês
Faturamento da indústria catarinense chega a 6,3% de crescimento no ano. Este desempenho foi puxado pelo aumento de 6,4% das vendas entre abril e maio. No Brasil, houve queda no mês, mas o desempenho foi suficiente para inverter a trajetória de queda das vendas que vinha se apresentando até abril deste ano .
Vendas Industriais
Em maio, o faturamento real do mês teve crescimento de 6,4% em relação ao mês anterior, sem a influência sazonal, a variação é de 4,1%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, há um crescimento de 26%, o que se deve ao efeito negativo da greve dos caminhoneiros no ano anterior. Das 14 atividades pesquisadas pela FIESC, todas tiveram acréscimo neste comparativo, sendo as maiores variações positivas observadas em Produtos de madeira (55,5%), em Produtos de metal (40,3%) e em Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (38,4%). Já entre as menores taxas estão as atividades de Metalurgia (4,6%), Vestuário e acessórios (8,7%) e Veículos, reboques e carroceria (11,3%).
No acumulado do ano, o crescimento é de 6,3%, sendo observado avanço em 13 das 14 atividades, nas quais as maiores ampliações estão em Produtos de metal (20,8%), em Informática e eletrônicos (19,3%) e em Veículos, reboques e carroceria (13,6%). O menor desempenho ocorre em Vestuário e acessórios (-3,9%).
Utilização da Capacidade Instalada
A utilização da capacidade instalada mostrou uma variação de -0,4 pontos percentuais em relação ao mês anterior, com o componente sazonal, a mudança foi de 0,3 pontos. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 0,9 p.p., sendo que as atividades de Metalurgia (16,1 p.p.), Minerais não metálicos (10,8 p.p.) e Informática e eletrônicos (7,8 p.p.) tiveram os melhores desempenhos. Por outro lado, estão com desempenhos mais fracos os setores de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18 p.p.) e Produtos de Metal (-7,3 p.p.). Deste modo, no acumulado do ano, o indicador acumula crescimento de 0,9 p.p., informação que pode ser visualizada no gráfico a seguir.
Massa Salarial
No mês, quando confrontado com mês anterior houve queda de -0,5%, valor superior ao observado para a variável sem a influência sazonal (que mostra redução de -0,8%). Frente ao mesmo mês do ano anterior, a ampliação é de 3,1%, impactada pelo avanço de 10 dos 14 setores avaliados pela FIESC, especialmente em Vestuário e acessórios (21,2%), Borracha e material plástico (17,6%) e Veículos, reboques e carroceria (15,1%).
No acumulado do ano, o desempenho da Massa Salarial é positivo, com taxa igual a 2,6%, sendo identificado crescimento em 9 setores. Os destaques ficam com Veículos, reboques e carroceria (18%), Borracha e material plástico (17,8%) e Vestuário e acessórios (14,3%). Já as menores taxas estão nos setores de Produtos alimentícios (-6,1%), Produtos têxteis (-2,5%) e Produtos de madeira (-1,6%).
Pessoal Empregado
Em relação ao mês anterior, houve avanço do indicador dessazonalizado de 0,03% (enquanto que, para a série original, ocorre redução de 0,05%). No comparativo com o mesmo mês de 2018, a variável mostra aumento de 1,8%, puxada pelo incremento em 10 dos 14 setores de atividades, especialmente em Metalurgia (6%), Máquinas e equipamentos (5,1%) e Produtos de Metal (4,5%). Os impactos negativos no pessoal empregado são sentidos principalmente em Produtos têxteis, que teve taxa de -1,6%, além de Celulose e papel (-0,5%).
No ano, o índice mostra um acréscimo de 1,9%, com ampliação de 11 dos 14 setores avaliados. Dentre estes, as maiores variações positivas estão nos segmentos de Metalurgia (9%), Veículos, reboques e carroceria (4,1%) e Máquinas e equipamentos (3,9%), enquanto em Celulose e papel e Informática e eletrônicos os desempenhos foram de -1% e de -0,3%, respectivamente.
Horas Trabalhadas
O número de horas trabalhadas apontou acréscimo de 0,23% em relação ao mês anterior, já em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve incremento de 4,4%. Neste quesito, a ampliação é observada em 13 dos 14 setores avaliados pela FIESC, sendo maior em Vestuário e acessórios (15,9%) e em Metalurgia (14,8%). Na via contrária, encontram-se os segmentos de Veículos, reboques e carroceria (-13,7%), Minerais não metálicos (-3,3%) e Produtos têxteis (0,1%).
Dado este desempenho no mês, as horas trabalhadas acumulam no ano uma variação de 1,6%, apresentando maior crescimento nos setores de Metalurgia (11,3%), em Vestuário e acessórios (7,2%) e em Produtos de Metal (6,4%). Os recuos de maior destaque, por seu turno, são identificados nos segmentos de Minerais não metálicos (-3,6%) e em Celulose e papel (-1,5%).
Fonte: Observatório FIESC